domingo, 11 de abril de 2010

Curso de desenhos de humor em Búzios

As aulas gratuitas na fundação Bem ti vi




O cartunista Michelangelo realizou a aula inaugural do curso de desenho de humor oferecido gratuitamente na Fundação Bem Te Vi, na Rasa
Curso de Desenhos de Humor do cartunista Michelângelo na Fundação Bem Te Vi, na Rasa. O cartunista Michelângelo discursou para os presentes, frisando a importância de iniciativas que independam do poder público, mas que contem com a parceria dos empresários locais, no sentido de dar às crianças buzianas um rumo alternativo visando à valorização da cidadania por meio das artes.

Os presentes foram convidados a conhecer e se acomodar à sala de aulas, aonde partilharam alguns trabalhos realizados especialmente para o Jornal Primeira Hora por Michelângelo e receberam orientação quanto à profissão de chargista e sobre o teor do curso em si.

Após uma pequena apresentação do histórico profissional do cartunista, que é também imortal da ALAB, feita pelo Presidente da Academia de Letras e Artes Buziana, José Gonzaga, a cerimônia foi encerrada com a despedida dos empresários presentes e o início oficial da aula. O Curso de Desenhos de Humor é completamente gratuito, sendo uma iniciativa do chargista com o apoio social de empresas.

Outras informações podem ser obtidas nos dias de aulas, terças e quintas-feiras, das 8h00 às 9h00 e das 17h00 às 18h00, sede na Fundação Bem Te Vi, Rasa, ou pelo telefone (22)2623 8786.


Fonte : www.jornalprimeirahora.com.br

Estratégias e técnicas para a manipulação da opinião pública e da sociedade (continuação) Por Sylvain Timsit


4. A estratégia do diferimento


Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.



Exemplo recente: a passagem ao Euro e a perda da soberania monetária e económica foram aceites pelos países europeus em 1994-95 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos países do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplicação diferida para 2005.

5. Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas

A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Exemplo típico: a campanha da TV francesa pela passagem ao Euro ("os dias euro"). Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante. Por quê?



"Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos". (cf. "Armas silenciosas para guerras tranquilas" )

6. Apelar antes ao emocional do que à reflexão

Apelar ao emocional é uma técnica clássica para curto-circuitar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...

7. Manter o público na ignorância e no disparate

Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão.



"A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores". (cf. "Armas silenciosas para guerras tranquilas" )