sábado, 14 de setembro de 2013

Um gênio destruído por uma música!


Um gênio destruído por uma música!

"Sou Criminoso! O go- verno me anistiou por causa das canções que cantei! Fui demitido do serviço público por isso. O que vocês cha- mam de governo cobra impostos sobre o "corpo de delito" que são as canções que fiz. Voltei ao fun- cionalismo, depois de muita briga, e me aposentei graças a um despacho fundamentado na Lei de Anistia. Anistia é para criminoso, condenado por sentença transitada em julgado, se ele aceitar. Aceitar a anistia é aceitar-se criminoso".
"Estou exilado até hoje, eu não voltei!"
Geraldo Vandré
Geraldo Vandré com-pletou nesta semana 79 anos. Na minha visão a tortura, que ele nega, da ditadura matou um artista de futuro, mas não o homem que continua a errar pelo mundo como um alienado. Vagando... apenas vagando pelo mundo!
Um homem triste nada assemelhado ao jovem agitado da época dos festivais. Olhar triste, cenho sombrio e torvo, olhos distante e fundos pela tristeza, raciocínio lento que o leva a olhar o céu em busca do que ele quer dizer, é assim o imortal Geraldo Vandré.
O atentado que o Geraldo Vandré intentou, atraindo todo ódio da ditadura foi a singela música que todos nós cantamos: "Pra não dizer falei de flores" iniciando o calvário de sua vida. Sobreviveu apenas um vídeo com o áudio, as imagens evaporou-se. Custou-lhe a destruição da sua carreira e ao Brasil exterminar um grande artista. Exilado , Vandré foi vigiado de perto pelos militares, sem poder expressar o retrato do Brasil à época. No Peru, em 1972, ganhou um festival com a única música não cantada em espanhol, intitulada Pátria Amada, Idolatrada, Salve, Salve. É uma canção para ser cantada por um homem e uma mulher uma noção da pátria e da mulher amada

Logo após o retorno ao Brasil, Vandré compôs a canção "Fabiana", em homenagem à Força Aérea Brasileira. Até hoje inédita. Hoje mora em São Paulo num mundo que não cabe ninguém, só cabem ele e seus pesadelos passados!





Gosto de beber em boa companhia ...