segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MIHAIL EMINESCO - POETA - PERSONALIDADE DO MUNDO - ROMÊMIA

Mihail Eminescu (Botoşani, 15 de Janeiro de 1850 — Bucareste, 15 de Junho de 1889) foi o mais importante e conhecido poeta da literatura romena. É o poeta nacional da Romênia e da República da Moldávia.




Nasceu na região da Moldávia, onde passou sua infância, foi enviado depois para o ginásio de Cernăuţi (hoje parte da Bucovina ucraniana), de onde fugiu inúmeras vezes para seguir grupos de artistas ambulantes; em sua fuga mais espetacular foi até a Transilvânia. Com isso, não retornou mais ao ginásio e passou a levar uma vida de boêmio em Giurgiu e Bucareste. No entanto, seu pai encontrou-o em 1869 e mandou-o para Viena. Nesta cidade, Eminescu estudou filosofia e filologia sem, no entanto, obter qualquer diploma.

Seu nome de família era Eminovici, mas o escritor passou a se chamar Mihai Eminescu com o fim de romenizar seu nome, trocando o sugixo patronímico eslavo ici (ić) por um tipicamente romeno, escu.

Escreveu muito por essa época e graças a Iacob Negruzzi, publicou seus primeiros versos na revista Junimea. Foi por algum tempo ator, inspetor de escolas e bibliotecário em Iaşi, onde conheceu Veronica Micle, sua inspiradora, e seu grande amor.

Em 1872 foi para Berlim, onde seguiu os cursos de Dühring e Zeller, mas também desta vez não obteve o diploma de doutor em filosofia.

Em 1874 conseguiu em Iaşi um modesto emprego em um escritório. Mais tarde, em 1877, entrou para o jornal conservador Timpul, onde conseguiu exprimir suas idéias e desenvolver seu espírito de polemista.

Com perturbações mentais em 1883, foi curado em Viena. Voltou então para sua pátria e lá, com períodos de demência, acabou seus dias, morto por um companheiro de hospício.

Embora sua obra ainda não tenha sido totalmente publicada, grande parte dela foi traduzida para diversos idiomas. Eminescu exerceu influência decisiva sobre as posteriores promoções dos poetas da Romênia. Suas poesias filosóficas caracterizam-se por um profundo pessimismo, onde a influência de Schopenhauer é muito perceptível.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Tão delicada...


Tão delicada, és semelhante


À alva flor da cerejeira.


E como um anjo entre os mortais


Surges da minha vida à beira.






Nem bem tu tocas o tapete,


A seda soa ao teu pisar


E da cabeça até os pés


Pairas num sonho, a flutuar.




Das dobras longas do vestido,


Como do mármore, ressais,


Presa a minh’alma aos olhos teus


Cheios de lágrimas e ais.






Ó sonho meu feliz de amor,


Noiva suave, de outras lendas,


Não me sorrias! Se sorrires


Tua doçura me desvendas.






Podes, no encanto da tua noite,


Deixar-me os olhos sempre baços


E com o murmúrio de tua boca


No frio enredo dos teus braços.






Súbito, passa um pensamento


No véu do teu ardente olhar:


É a renúncia penumbrosa,


Sombra de doce suspirar.






Te vais e eu bem compreendi


Não mais deter o passo teu;


Perdida, sempre, para mim,


Noiva imortal no peito meu!






Pois ter-te visto é culpa minha,


Da qual jamais terei perdão;


Expiarei sonho de luz


A mão direita erguendo, em vão.






Ressurgirás como uma aura


Da eterna virgem, de Maria,


Em tua fronte uma coroa...


Aonde tu vais? Voltas um dia?




Tradução: Luciano Maia


http://www.revista.agulha.nom.br/eminescu1.html





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