sábado, 26 de março de 2011

Teixeira e Souza o mendigo do séc. XXI

Teixeira e Souza o mendigo do séc. XXI





Ó amada que sobre o olhar dessa terra goza da luz eternamente,

ouvirá um gemido de lamento

e quando enxergar, cega se fará de tormento,

quando pensar que rica estará, mendiga será na mente.



Tens olhos só para seu ver

e que a arte ao seu olhar é cega!

Essa sua cegueira que meu olhar nega

tem aberto a luz que enxerga os males de viver.



Sobre o ouro, a prata que come o romance

a poesia que vive da rua

na face iluminada da lua!

Quero que meu verso do negrume da noite se lance.



Ó amada sou a presa que na terra ando

buscando alimento de palavras com fome,

nessa mesma terra que me consome

a ideia que sigo pensando!



No caráter da verdade

encaro livremente a vida

mesmo explorando meu último verso de partida

alimentando-me de pão, lápis e objetividade.



Ó amada nessa vida tão dura, tão impossível

vivo o impessoal de uma estátua

parada no meio da estrada nua

entre romance, tragédia imperdoável.



Ó amada digo-te: Eu mendigo dos que sobre a terra estão

e dos que a terra cobre

não sou rico, sou eternamente pobre.

Sou Teixeira e Souza de somente uma cara e um só coração.






Alex Feitosa é poeta de Cabo Frio

Um comentário:

  1. Alex é um poeta de alta sensibilidade. Adorei conhecê-lo e conhecer sua poesia. Beijo, Amada poeta!

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