terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Verdadeira Reforma Política Brasileira - Artigo por Dr. Vicente Amado.



A Verdadeira Reforma Política Brasileira

Alguém sabe quantos partidos tem o Brasil ? São vinte e nove pela Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil). Agora alguém sabe me dizer a diferença entre o PHS, PPL, PSL, PRTB e outras “sopas de letrinhas” ? Claro que não (a Wikipédia até tentou, mas na prática não dá certo). São apenas legendas para acomodar nomes menores ou “legendas de aluguel” para momentos de “divergências”, simples aliados dos partidões PMDB, PT, DEM e PSDB. Já que a ideia é dar ao povo esclarecimento político para que o voto seja cada vez mais ideológico e cada vez menos pessoal, por que não acabar com esse “poli-pluripartidarismo selvagem e vazio”. Que tal apenas quatro ou cinco partidos fortes com suas divisões internas ? Seria muito mais racional, simples, econômico aos cofres públicos e ideologicamente correto.
E nosso Congresso ? Quinhentos e treze Deputados com mandatos de quatro anos, oitenta e um Senadores com mandato de oito anos. Confuso né ? Pergunta ao seu porteiro se ele entende como funciona o Congresso... e se ele não entende como que ele vota e decide quem vai pra lá ? Pergunta se ele lembra em quem votou para Deputado Federal, Estadual e Senador ? Para ser pouco grosseiro eu diria que é estranha essa situação. Voltando ao Congresso... que tal um Congresso com cem membros, cada um com seis anos de mandato e com direito a apenas uma reeleição para o Congresso Nacional ? Seria menos burocrático para se aprovar e criar leis, seria mais barato para mantê-los, mais fácil fiscalizá-los, sua representatividade nacional e regional aumentaria em muito, assim como sua importância frente ao eleitor, diminuindo aquela velha história do eleitor não lembrar em qual parlamentar votou na última eleição. Seria mais fácil entender a política, melhorando a qualidade do voto e dos Congressistas. Você sabia que tem gente que é deputado há mais de vinte anos ? Tem vereador por aí com mais de trinta anos de mandato !!! Esses caras são tão bons assim ou eles aprenderam a se manter no poder ? Tire suas próprias conclusões... É claro que os “cem eleitos” teriam que ser distribuídos por Estados, criando vagas proporcionais à população de cada Estado. Isso não é questão de certo ou errado, é questão de justiça. São Paulo não pode ter a mesma representatividade que o Acre, por exemplo.
Logicamente também é necessário limitar muito o número de candidatos dos quatro ou cinco partidos que restarem. Dessa forma eles podem falar seus projetos e ideias no horário eleitoral gratuito, ao invés de simplesmente aparecerem e falarem apressadamente seu número; isso quando não fazem alguma palhaçada ridícula como nosso glorioso Deputado Federal “Tiririca”. Aliás, votar no Tiririca foi o cúmulo do absurdo que se transformou o processo eleitoral brasileiro.
Presidente da República, Governadores de Estado e Prefeitos teriam um mandato de seis anos, sem direito a reeleição imediata, mas com direito a uma reeleição posterior. Por que isso ? Simples: demora muito pra fazer as coisas acontecerem. Não é da noite pro dia que se aprova um projeto e se executa o mesmo. Levam meses, anos, pra se aprovar uma usina hidrelétrica, uma estrada, um porto, entre outros. Com seis anos daria pra fazer as coisas acontecerem e ver seu resultado, além de termos menos eleições, menos gastos, e, principalmente, menos uso da máquina pública para a própria reeleição. Outra coisa interessante de se fazer é separar as eleições federais das locais, evitando assim que os Deputados Estaduais e Governadores interfiram politicamente nas eleições municipais. Teríamos uma eleição a cada três anos, uma delas para Presidente da República e Congresso Nacional, outra para Governadores Estaduais, Deputados Estaduais, Prefeitos e Vereadores. Esse formato é interessante, pois evita também que os Prefeitos e Vereadores tentem concorrer a “promoção estadual” e se dediquem melhor aos seus mandatos.
É caro eleitor, difícil entender porque parece simples e ninguém quer fazer o certo.  Então, já que também sou eleitor vou contar uma velha novidade para vocês: O VOTO NÃO É OBRIGATÓRIO.  Isso mesmo. Não é. Se você estiver irregular com a Justiça Eleitoral não pode emitir passaporte nem participar de concurso público entre outras penalizações, mas, se você quiser regularizar sua situação eleitoral, mesmo não tendo votado, basta ir a um cartório eleitoral e pagar a multa, que dificilmente passa de R$ 10,00 (isso mesmo, dez reais, dez pratas, dez pilas ou dez sei lá o que... merreca !!!). Agora olha o conselho que vou dar: se não tiver certeza de estar fazendo o certo na hora de votar, fique em casa, vá a praia, faça um churrasco e beba todas (agora não tem mais lei seca nas eleições), faça qualquer coisa, menos M. na urna. Deixe quem se interessa por política decidir o que é melhor. Não de uma do porteiro do parágrafo acima, senão essas mudanças aqui propostas nunca vão acontecer...
Faça sua parte, mesmo que ela seja simplesmente não atrapalhar quem quer fazer algo para melhorar o Brasil.
Vicente Amado
Eu sou Dr. Vicente Eduardo Amado de Sousa, tenho 35 anos, sou médico e ativista político apartidário. Recentemente desisti de ser candidato a vereador no município onde resido por simplesmente não acreditar no sistema eleitoral vigente. Este é o primeiro de muitos artigos políticos que pretendo escrever.
Boa Sorte Brasil !!!


Dr. Vicente Eduardo Amado de Sousa



Compartilho da opinião do Dr. Vicente , se não haver uma reforma política no Brasil o povo vai continuar assinando procuração em branco para oportunista, uma reforma seria sem remendos para saídas estratégicas.
Agradeço ao Dr. Vicente pela credibilidade que deu ao nosso Blog, o espaço sempre está liberado para ideias que venha ao encontro de melhores dias para toda sociedade.
BLOG ZEL HUMOR.

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