A
Verdadeira Reforma Política Brasileira
Alguém
sabe quantos partidos tem o Brasil ? São vinte e nove pela Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil).
Agora alguém sabe me dizer a diferença entre o PHS, PPL, PSL, PRTB e outras
“sopas de letrinhas” ? Claro que não (a Wikipédia até tentou, mas na prática
não dá certo). São apenas legendas para acomodar nomes menores ou “legendas de
aluguel” para momentos de “divergências”, simples aliados dos partidões PMDB,
PT, DEM e PSDB. Já que a ideia é dar ao povo esclarecimento político para que o
voto seja cada vez mais ideológico e cada vez menos pessoal, por que não acabar
com esse “poli-pluripartidarismo selvagem e vazio”. Que tal apenas quatro ou
cinco partidos fortes com suas divisões internas ? Seria muito mais racional, simples,
econômico aos cofres públicos e ideologicamente correto.
E
nosso Congresso ? Quinhentos e treze Deputados com mandatos de quatro anos, oitenta
e um Senadores com mandato de oito anos. Confuso né ? Pergunta ao seu porteiro
se ele entende como funciona o Congresso... e se ele não entende como que ele
vota e decide quem vai pra lá ? Pergunta se ele lembra em quem votou para
Deputado Federal, Estadual e Senador ? Para ser pouco grosseiro eu diria que é
estranha essa situação. Voltando ao Congresso... que tal um Congresso com cem membros,
cada um com seis anos de mandato e com direito a apenas uma reeleição para o
Congresso Nacional ? Seria menos burocrático para se aprovar e criar leis,
seria mais barato para mantê-los, mais fácil fiscalizá-los, sua
representatividade nacional e regional aumentaria em muito, assim como sua
importância frente ao eleitor, diminuindo aquela velha história do eleitor não
lembrar em qual parlamentar votou na última eleição. Seria mais fácil entender
a política, melhorando a qualidade do voto e dos Congressistas. Você sabia que
tem gente que é deputado há mais de vinte anos ? Tem vereador por aí com mais
de trinta anos de mandato !!! Esses caras são tão bons assim ou eles aprenderam
a se manter no poder ? Tire suas próprias conclusões... É claro que os “cem
eleitos” teriam que ser distribuídos por Estados, criando vagas proporcionais à
população de cada Estado. Isso não é questão de certo ou errado, é questão de
justiça. São Paulo não pode ter a mesma representatividade que o Acre, por
exemplo.
Logicamente
também é necessário limitar muito o número de candidatos dos quatro ou cinco
partidos que restarem. Dessa forma eles podem falar seus projetos e ideias no
horário eleitoral gratuito, ao invés de simplesmente aparecerem e falarem
apressadamente seu número; isso quando não fazem alguma palhaçada ridícula como
nosso glorioso Deputado Federal “Tiririca”. Aliás, votar no Tiririca foi o
cúmulo do absurdo que se transformou o processo eleitoral brasileiro.
Presidente
da República, Governadores de Estado e Prefeitos teriam um mandato de seis
anos, sem direito a reeleição imediata, mas com direito a uma reeleição
posterior. Por que isso ? Simples: demora muito pra fazer as coisas
acontecerem. Não é da noite pro dia que se aprova um projeto e se executa o
mesmo. Levam meses, anos, pra se aprovar uma usina hidrelétrica, uma estrada,
um porto, entre outros. Com seis anos daria pra fazer as coisas acontecerem e
ver seu resultado, além de termos menos eleições, menos gastos, e,
principalmente, menos uso da máquina pública para a própria reeleição. Outra
coisa interessante de se fazer é separar as eleições federais das locais,
evitando assim que os Deputados Estaduais e Governadores interfiram
politicamente nas eleições municipais. Teríamos uma eleição a cada três anos,
uma delas para Presidente da República e Congresso Nacional, outra para
Governadores Estaduais, Deputados Estaduais, Prefeitos e Vereadores. Esse
formato é interessante, pois evita também que os Prefeitos e Vereadores tentem
concorrer a “promoção estadual” e se dediquem melhor aos seus mandatos.
É
caro eleitor, difícil entender porque parece simples e ninguém quer fazer o
certo. Então, já que também sou eleitor
vou contar uma velha novidade para vocês: O VOTO NÃO É
OBRIGATÓRIO. Isso mesmo. Não é. Se você
estiver irregular com a Justiça Eleitoral não pode emitir passaporte nem
participar de concurso público entre outras penalizações, mas, se você quiser
regularizar sua situação eleitoral, mesmo não tendo votado, basta ir a um
cartório eleitoral e pagar a multa, que dificilmente passa de R$ 10,00 (isso
mesmo, dez reais, dez pratas, dez pilas ou dez sei lá o que... merreca !!!).
Agora olha o conselho que vou dar: se não tiver certeza de estar fazendo o
certo na hora de votar, fique em casa, vá a praia, faça um churrasco e beba
todas (agora não tem mais lei seca nas eleições), faça qualquer coisa, menos M.
na urna. Deixe quem se interessa por política decidir o que é melhor. Não de
uma do porteiro do parágrafo acima, senão essas mudanças aqui propostas nunca
vão acontecer...
Faça
sua parte, mesmo que ela seja simplesmente não atrapalhar quem quer fazer algo
para melhorar o Brasil.
Eu
sou Dr. Vicente Eduardo Amado de Sousa, tenho 35 anos, sou médico e ativista
político apartidário. Recentemente desisti de ser candidato a vereador no
município onde resido por simplesmente não acreditar no sistema eleitoral
vigente. Este é o primeiro de muitos artigos políticos que pretendo escrever.
Boa
Sorte Brasil !!!
Dr. Vicente Eduardo Amado de Sousa
Dr. Vicente Eduardo Amado de Sousa
Compartilho da opinião do Dr. Vicente , se não haver uma
reforma política no Brasil o povo vai continuar assinando procuração em branco
para oportunista, uma reforma seria sem remendos para saídas estratégicas.
Agradeço ao Dr. Vicente pela credibilidade que deu ao nosso
Blog, o espaço sempre está liberado para ideias que venha ao encontro de
melhores dias para toda sociedade.
BLOG ZEL HUMOR.
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