quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SAULO CARVALHO - ARTISTA - CAMPOS DOS GOYTACAZES

 Saulo carvalho e morador de Campos de Goytacazes – Travessão da Barra. Artista Plástico autodidata e especialista em instrumentos “Bolivianos” como ele define e também a Zamponha *, além de tocar os instrumentos ele confecciona. Ele fez a sua apresentação na Casa do Artesão mostrando o seu talento - contatos para eventos -(22)98312815 /(22)98722514.






Saulo  me presenteou com umas de suas obras e  me retribuição fiz  a caricatura do artista.


Zamponha*


A Zamponha, também conhecida como Flauta de Pã, é um instrumento musical de sopro. De origem andina, é constituído por um conjunto de tubos fechados numa extremidade, ligados uns aos outros em feixe ou lado a lado. Como não têm bocal, os tubos são soprados com os lábios tangenciando as extremidades superiores. 

A comunidade Aimará (povo estabelecido desde a época pré-colombiana no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile) a chama de siku. Sikuri é o termo usado nas comunidades bolivianas para denominar o tocar de siku. Comumente, o instrumento é tocado em par: toca-se uma parte e alterna-se a escala com a outra parte, em conjunto. Essas partes são denominadas masculino e feminino. Uma se chama ira (a que guia) e a outra se chama arka (a que acompanha). 
 
As zamponhas variam de tamanho, notas e tipos de canas, dependendo de onde são fabricadas. No Equador, por exemplo, existe um instrumento bastante semelhante à zamponha chamado de rondador. Trata-se de uma flauta com 20 a 40 canas bem finas e enfileiradas. O instrumento é muito utilizado em danças folclóricas e populares. A zamponha também recebeu a nomenclatura flauta de pã, em associação ao deus grego Pã.
 
 
A Lenda de Pã
 
Pã é o guarda dos rebanhos, os quais têm por missão fazer multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode. Pã é filho de Mercúrio e da ninfa Dríope.

Num certo dia, ao percorrer o Monte Liceu, encontrou a ninfa Siringe. Siringe jamais quisera receber homenagens das divindades,  e só tinha uma única paixão: a caça. Pã aproximou-se de Siringe, dizendo-lhe: "Cedei, formosa ninfa, aos desejos de um deus que pretende tornar-se vosso esposo”. 

Pã queria falar mais. Mas Siringe, pouco sensível àquelas palavras, correu desesperadamente. Ao chegar perto do Rio Ladon, seu pai, ao vê-la quase detida, rogou às ninfas, suas irmãs, que a acudissem. Pã, prestes a capturá-la, tentou nesse instante abraçá-la, mas em vez de uma ninfa, só abraçou caniços. Suspirou e os caniços agitados emitiram um som doce e queixoso. O deus, comovido com o que acabava de ouvir, pegou alguns caniços de tamanho desigual e, unindo-os com cera, formou a espécie de instrumento que chamou de Siringe e que constitui a flauta de sete tubos, hoje conhecida como a flauta de Pã.



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